O FST (Fórum Sindical dos Trabalhadores) entregará aos candidatos à Presidência da República, nas eleições deste ano, um documento de compromissos com os trabalhadores. O material foi aprovado na quinta-feira (30) no Encontro Nacional da entidade, que teve participação da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação).
O evento foi na sede da CNTEEC (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura), em Brasília-DF, com a participação de federações e sindicatos de todo o país. A carta, denominada “Dialogar para Retomar o Trabalho e o Emprego”, possui tópicos como Desenvolvimento e Emprego, Políticas Públicas, Reforma Trabalhista e Reforma Sindical, Reforma justa da Previdência e Educação.
“O FST e as Confederações estão de parabéns pela realização deste Encontro, que ao invés de recuar diante dos ataques contra a classe trabalhadora e suas organizações, provoca os candidatos à Presidência da República para um diálogo, e um debate sobre propostas do FST para a retomada do trabalho e o emprego no Brasil”, apontou o presidente interino da CNTA, Artur Bueno Júnior.
O documento defende a reformulação de temas aprovados no Congresso Nacional, como a Emenda Constitucional 95, que estabelece o teto de gastos da União. Além disso, a revogação da Reforma Trabalhista do governo Temer, bem como a Lei da Terceirização. Também pede um debate sobre uma Reforma justa da Previdência, o fortalecimento das empresas públicas, e dos órgãos de fiscalização do trabalho e emprego.
No final do encontro, o assessor parlamentar do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), André Luís dos Santos, ministrou palestra sobre o quadro eleitoral de 2018. Ele trouxe um dado estarrecedor – 79% dos 513 deputados federais tentarão a reeleição em outubro, e uma projeção aponta que 75% deles devem se reeleger.
“Para o movimento sindical e para os trabalhadores este é o pior dos quadros, pois se esta projeção se confirmar, o desequilíbrio de forças no Congresso Nacional deve se manter, ou até mesmo se ampliar. A classe trabalhadora, que é maioria no país, continuará sendo minoria no congresso”, opinou Júnior.
Para ele, a constatação mostra a importância de eleger candidatos, que tenham compromisso com a classe trabalhadora.