A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) atua desde 1988 em defesa dos direitos e interesses de aproximadamente 1,6 milhão de trabalhadores da categoria no Brasil. Filiada à União Internacional de Trabalhadores da Alimentação (UITA), a CNTA se consolida como uma entidade compromissada com o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País. É destaque na busca pela luta unificada dos trabalhadores e de resistência à lei 13.467/2017 (“reforma trabalhista”), que desmantelou a organização dos trabalhadores e precarizou as condições de trabalho. Atuante no movimento sindical, participa ativamente das discussões nos Poderes Públicos e demais associações de classe, sendo reconhecida por defender as bandeiras da classe trabalhadora.

Com sede em Brasília (DF), a CNTA é exemplo de inovação e sucesso na coordenação das ações de seus representados. Para isto, permite a filiação de sindicatos, aproxima o contato com as bases por meio de salas de apoio nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais; e investe constantemente em assessorias técnicas e na participação e realização de congressos, simpósios, audiências públicas, assembleias e reuniões itinerantes. Entre as principais conquistas lideradas pela entidade de grau superior, estão os avanços na melhoria das condições de saúde e segurança no setor frigorífico, com a publicação da Norma Regulamentadora n° 36 do Ministério do Trabalho e Emprego, em abril de 2013. O texto foi resultado de denúncias, atividades efetivas e investimentos da CNTA, de seus filiados e trabalhadores, que lutaram pela negociação direta com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em setembro de 2011. A ação incluiu uma manifestação histórica na sede da CNI, que contou com a participação de mais de 250 entidades sindicais profissionais da categoria, de centrais sindicais, e do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST).

HISTÓRIA

Até meados de 1988, os interesses dos trabalhadores da Alimentação eram representados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria. Em 10 de dezembro de 1988, com a promulgação da Constituição, o poder de organização desses trabalhadores ganhou força, passando a atender especificidades de diversos setores a partir da criação da CNTA, com aprovação unânime em assembleia realizada na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Curitiba (PR), que contou com participação da UITA, e o apoio de diversas outras entidades.

Após se instalar provisoriamente na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), a CNTA passou a operar na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de São Paulo, entre 1989 e 1995, até ser instalada permanentemente em Brasília. Ao longo de sua história, a CNTA contou com a liderança de dois grandes sindicalistas: Melquíades de Araújo (que presidiu a entidade de 1989 a 1992, e até 2015 como vice-presidente) e Artur Bueno de Camargo, que ingressou na presidência em 1992 e representa a CNTA até os dias atuais. A iniciativa é vinculada a 371 entidades, sendo 20 federações e 351 sindicatos.