A CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins), a Contac (Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT) e a UITA (União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação) enviaram nesta sexta (10) um ofício ao Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pedindo a manutenção dos empregos e a antecipação do 13º salário, aos trabalhadores afetados pelas enchentes do Rio Grande do Sul.
O texto também solicita a manutenção do Acordo Coletivo, “ainda que seja vencido o período de vigência da data base, ficando as empresas obrigadas a aplicar apenas a correção do INPC” – garantindo a ultratividade, mesmo com o vencimento da data base. As entidades afirmam “reconhecer o esforço do governo em atender as prioridades emergenciais neste momento, mas consideram necessário amparar os trabalhadores, proporcionando condições mínimas”.
“Certamente teremos um grande impacto na vida deles, sendo que muitos perderam bens materiais no desastre, além das insubstituíveis perdas humanas”, considerou o ofício. No documento, as entidades ainda “prestam homenagens de pesar pelas mortes, transmitindo solidariedade aos familiares das vítimas fatais e toda a sociedade atingida”.
AJUDA
Confederações, federações e sindicatos de trabalhadores na categoria da Alimentação de todo o país – e da América Latina – estão enviando alimentos, água potável, remédios e produtos de higiene às entidades sindicais gaúchas (além de ajuda financeira). Ficando as mesmas responsáveis por fazer chegar aos trabalhadores e às pessoas vitimadas.
“O Rio Grande do Sul tem muitas indústrias do setor alimentício, especialmente do segmento de arroz e carnes, com a geração de milhares de empregos”, prossegue o texto do ofício. Para as entidades, manter estes empregos e as condições de trabalho, além de oferecer recursos como no caso da antecipação do 13º, devem garantir a dignidade das famílias afetadas e inclusive auxiliar na recuperação do Estado.
Abaixo, o ofício na íntegra: