No último dia 27 de novembro passado, tive oportunidade de participar de um grande Encontro Nacional da Industria – ENAI, com participação do presidente Lula e do vice Alckmin, além de várias autoridades.

Na programação, além de premiações, teve lançamento de um movimento empresarial pela saúde, mesas redondas, apresentação de novas lideranças industriais, requalificação nas empresas, estratégias para vencer o custo Brasil, com lançamento de um observatório e outros painéis voltado para a chamada “Neoindustrialização”, com a redução de custo para uma “nova indústria sustentável”.

Toda esta discussão é de fundamental importância, especialmente neste momento no qual existe um esforço concentrado para retomar o desenvolvimento das indústrias, de forma sustentável.

Mas penso que não será atingido o patamar desejado, seja no crescimento das indústrias, seja no quesito “sustentável”, se não houver a devida valorização da mão de obra. Valorização essa que passa, por exemplo, pela motivação em fazer os trabalhadores se modernizarem e se prepararem para os desafios dessa “nova indústria”.

Foto de Ricardo Stukert/Presidência da República

Nós, do Conselho Nacional do SESI, aprovamos, na última reunião, duas resoluções que penso serem de grande relevância para o momento. A 62/2024, que autoriza o CN-SESI a firmar acordo de cooperação técnica com o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego e o Serviço Social da Indústria – Departamento Nacional; e a 61/2024 que autoriza firmar acordo de cooperação técnica com o MS e serviço Social da indústria – departamento Nacional.

A proposição 62/2024 tem objetivo fazer uma articulação de esforços entre o MTE e o Sistema Indústria para ampliar a oferta de educação de jovens e adultos (EJA) integrada a qualificação profissional. E também com a estratégia de elevar a escolaridade, promover a inclusão social e fortalecer a competitividade.

A proposição 61/2024 tem o objetivo de estabelecer mecanismos para ações intersetoriais que promovam o ambiente e processos de trabalhos saudáveis, com programas voltados a saúde, segurança e bem–estar dos trabalhadores das indústrias, assim como de seus familiares.

Dada a importância das discussões, também participaram do ENAI, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade e o Ministro do MTE Luiz Marinho, que assinaram as proposições.

As iniciativas de proporcionarem programas de elevação de escolaridade, capacitação profissional, com ambiente de trabalho seguro e saudável são fundamentais, mas acreditamos que se faz necessário que as representações profissionais e econômicas precisem discutir políticas que despertem interesse dos profissionais em se capacitar para atender as demandas das empresas, principalmente das indústrias.

Artur Bueno de Camargo – Presidente da CNTA