Somente haverá paz se houver respeito – especialmente quando houver divergências. O estímulo aos conflitos deve ser repudiado em seus primeiros sinais para prevenir o desencadeamento de consequências muitas vezes inimagináveis.

Sabemos que as circunstâncias por si só já proporcionam o conflito, seja em diferenças pessoais e familiares, religiosas, nas opções por torcidas de diferentes times de futebol, nas relações entre capital e trabalho, entre outras, e, atualmente, com grande peso, na política.

O conflito não precisa de estímulo e sim de bom-senso e, principalmente, de respeito entre os envolvidos para que haja, ao menos, uma convivência civilizada.

Quando se faz afirmações em defesa do armamento de pessoas, considerando que isso aumentaria a segurança dos cidadãos, penso que não apenas se está estimulando o conflito como se está emponderando as pessoas a irem a extremos quando diferenças e conflitos aparecerem.

Quando você ataca a democracia, você está destruindo o mecanismo mais importante que proporciona o diálogo, que é o princípio do entendimento para a solução dos conflitos.

O estímulo aos conflitos com extrema violência, vêm sendo praticado por diversas autoridades já há algum tempo, principalmente pelo presidente da república Jair Bolsonaro. Evidentemente que, com o incentivo, seus seguidores sentem-se motivados à violência.

É preciso que se diga que as instituições que deveriam atuar de forma eficaz dentro dos poderes constitucionais e inibirem o estímulo aos conflitos e violências ficaram só nas bravatas. O resultado é que as teorias estão indo para a prática. A extrema violência política é vista se propagar, desde a eleição deste governo, culminando com o triste atentado recente contra o guarda municipal Marcelo de Arruda, em Foz do Iguaçu – que destruiu duas famílias.

Lamentamos pelo ocorrido e nos solidarizamos com as famílias de todas as vítimas destes conflitos e violências desenfreadas, às quais pedimos justiça e punições aos agressores criminosos e a seus motivadores.

Paz na política!

Artur Bueno de Camargo

Presidente da CNTA Afins

Brasília, 12 de julho de 2022