O vice-presidente da NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) e presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins), Artur Bueno de Camargo, se reuniu nesta quarta-feira (04) em São Paulo-SP com o Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. O objetivo foi tratar dos descontos indevidos realizados contra os segurados.


O encontro foi organizado pelas centrais sindicais, e contou com a presença de representantes. “Além de defender os direitos daqueles que foram lesados, buscamos junto ao Ministro uma posição que evidencie de forma cabal a diferença entre o movimento sindical e as associações que participaram dos desvios”, ressaltou Artur.


Segundo ele, setores da mídia e políticos da extrema-direita têm feito uma campanha difamatória para envolver todo o movimento sindical no escândalo. “Havia de fato uma quadrilha, que invadiu o sistema do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para roubar. O movimento sindical se sustenta com transparência e contribuições definidas em assembleias com os trabalhadores”, argumentou o dirigente.

Wolney Queiroz e Artur Bueno

O Ministro se mostrou solidário às entidades sindicais, e se colocou à disposição para ampliar a transparência das ações relativas ao tema. Artur Bueno lembrou que a Previdência Social é um patrimônio da sociedade brasileira, e medidas devem ser tomadas para aumentar o controle sobre os dados dos segurados, bem como a segurança de suas contas.

Durante o encontro, que envolveu as Centrais sindicais, o presidente da CNTA representou o Presidente da NCST, Moacyr Auersvald.

FRIGORÍFICOS
Artur Bueno de Camargo também cobrou devolutiva do Ministro, acerca de ofício encaminhado pela CNTA, Contac CUT (Confederação Brasileira e Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação) e UITA (União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação) sobre ofício que requer aposentadoria especial aos trabalhadores de frigoríficos.


O documento, protocolado em 19 de maio, solicita estudo do assunto pela equipe do Ministério da Previdência, para que estes trabalhadores possam ser contemplados pela questão da insalubridade, e se aposentem com 25 anos de carreira.


“São pessoas que enfrentam um trabalho extremamente repetitivo e que envolve manuseio de objetos cortantes. Isto sem falar no convívio com as baixíssimas temperaturas das câmaras frias e com gases como a amônia (tóxico e explosivo) no processo produtivo”, argumentou Artur.