A CNTA – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e a UITA – União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação apoiaram e estiveram presentes na manifestação em favor à Greve Geral na Argentina, nesta quarta (24), diante da embaixada da Argentina, em Brasília, junto da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores, e do Consulado Argentino, em São Paulo. O diretor da CNTA e da FETIASP – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de São Paulo, Marcos Araújo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Campinas, esteve em Buenos Aires junto do movimento sindical da Argentina, apoiando a paralisação. Companheiros de sindicatos da alimentação de todo o país apoiaram os atos no Brasil, a exemplo dos diretores do STIAL – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria de Alimentação de Limeira e Região, Joselito, Lemos, Ailton e Cícero, que estiveram no ato no consulado, em São Paulo.
Os atos que aconteceram no Brasil e em todo o mundo são em repúdio às medidas apresentadas pelo governo de Javier Milei – em especial o Decreto de Necessidade e Urgência, o protocolo que impede greves e manifestações e a Lei Omnibus -, que colocam em risco a Democracia e fragilizam ainda mais as populações mais pobres, carentes, os desempregados e os trabalhadores.
O movimento sindical argentino alertou que as medidas representam também um sério ataque às liberdades sindicais e conclamou mobilização nacional. A FSM – Federação Sindical Mundial emitiu um chamado às suas filiadas para uma mobilização em solidariedade aos trabalhadores argentinos. O mesmo aconteceu com a UITA, a CSA – Confederação Sindical das Américas e a CSI – Confederação Sindical Internacional. A mobilização global resultou em atos que ocorreram em diversos países, como Uruguai, Paraguai, México, Chile, Bolívia, Roma, Berlim, Barcelona, entre outras.
No Brasil, as centrais sindicais realizaram atos diante de consulados da Argentina no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.
“É preciso estar atento”, diz Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA. “Temos que apoiar a luta dos trabalhadores argentinos para que esse tipo de pensamento ultraliberal não cresça na América Latina e no mundo. Milei quer acabar com a Democracia, tem o perfil do ditador, quer acabar com o congresso e com os direitos dos trabalhadores – e temos que impedir! Eleger um presidente não é dar carta branca para ele”.
Estima-se que cerca de 600 mil argentinos estiveram em manifestações em Buenos Aires contra o pacote de maldades de Milei ontem. A aprovação do novo presidente vem caindo drasticamente desde sua posse.