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A Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo) realizou nesta quarta (24) o “Encontro Anual de Cipeiros do Estado de São Paulo no Setor da Alimentação”. O evento trouxe quatro palestrantes, que destacaram a importância do conhecimento técnico dos integrantes da CIPA, o suporte dos sindicatos para sua estabilidade, e as novidades do setor.
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As atividades ocorreram no Centro de Formação Sindical (CEFS) da Federação, em Limeira-SP, e tiveram apoio da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins) e da UITA (União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação), além dos sindicatos filiados e da Atra (Associação em Defesa dos Trabalhadores do Ramo da Alimentação do Estado de São Paulo e Vítimas de Acidente e Moléstias Profissionais).
Participaram dirigentes sindicais, estudantes e técnicos de segurança do trabalho, representantes de RH de empresas, e principalmente trabalhadores cipeiros. “Abrimos à participação geral para diversas categorias, pois o conteúdo pode ser aproveitado por todos”, afirmou o presidente da Fetiasp, Antônio Vitor.
A iniciativa trouxe o tema “A prevenção é a melhor escolha, nada substitui um ambiente seguro”. O presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, ressaltou a importância da integração dos trabalhadores cipeiros com o movimento sindical. “Eles precisam ter estabilidade, e receber informações técnicas para o desenvolvimento da sua função nas empresas”, disse.
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PALESTRANTES
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Rosecleia Castro, diretora do Sitac (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Campinas) e coordenadora da Atra discorreu sobre a Portaria 4.219/2022 – que insere no contexto da CIPA uma série de procedimentos para a prevenção e combate do assédio moral e sexual. “A norma, de 2022, aponta que a comissão deve criar um canal de denúncias, e capacitar trabalhadores e trabalhadoras sobre o tema”, lembrou.
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Neuza Barbosa, diretora da Fetiasp e vice-presidente da Atra, destacou a importância da integração entre os trabalhadores cipeiros, os técnicos de segurança do trabalho, os engenheiros de segurança e os médicos do trabalho da empresa. “O mundo do trabalho se transforma, com novas tecnologias. É preciso desenvolver esta integração para a efetiva prevenção dos acidentes”, apontou.
SAÚDE
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O médico do Trabalho, Roberto Ruiz, trouxe um panorama dos cinco tipos de risco ao trabalhador: químico, físico, biológico, mecânico e ergonômico – e como os acidentes e doenças só ocorrem quando eles são ignorados. “Importante ressaltar, no contexto atual das doenças do trabalho, o número exponencial de casos de doenças mentais, um assunto que merece atenção particular”, pontuou.
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A coordenadora do PST (Programa de Saúde do Trabalhador) de Limeira, Débora Araújo, abordou a consolidação da Divisão de Saúde do Trabalhador no município. Trouxe os números de acidentes de trabalho e as atividades do grupo, como por exemplo as ações de orientação, fiscalização e os atos realizados durante a Campanha Abril Verde.
“Reforçamos a importância desta conexão entre o trabalho desenvolvido nas empresas e a tarefa do setor público, uma conexão dinamizada pelo Grupo Gestor do PST – sindicatos, prefeitura, INSS, Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador)”, explicou.
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