O Fórum Sindical dos Trabalhadores, instituição que congrega 22 Confederações nacionais do setor público e privado, vai reunir seu conselho deliberativo dia 23 de janeiro, para debater um calendário de ações com o objetivo de conscientizar os trabalhadores sobre o enfrentamento à Lei 13.467/17 (reforma trabalhista). O encontro será em São Paulo, a partir das 10 horas. O coordenador do FST, Artur Bueno de Camargo, falou à Rádio Web Agência Sindical que, além de aprovar uma agenda de atividades para retomar as mobilizações de rua, a reunião vai tratar da preparação de um congresso nacional da entidade. “Vamos fazer um encontro de lideranças das entidades que compõem o Fórum, que tratará dos preparativos para o congresso, que realizaremos em junho. Mas outros assuntos, como a nomeação de Cristiane Brasil, a reforma da Previdência e a nova lei trabalhista estarão na pauta”, destaca o dirigente. Segundo Artur Bueno, a indicação da deputada petebista para o Ministério do Trabalho foi recebida com indignação no meio sindical. “Não é possível que o presidente não tivesse conhecimento do histórico dela”, comenta. “Como é que se indica alguém para uma Pasta tão importante e não se verifica os antecedentes dessa pessoa. É um governo sem qualquer moral”, afirma. Cristiane Brasil foi condenada na Justiça do Trabalho por empregar pessoas sem registro em Carteira, entre outras irregularidades. TST – O dirigente também falou sobre o julgamento no Tribunal Superior do Trabalho, que vai deliberar sobre a validade de pontos da reforma trabalhista. A Corte vai analisar, por exemplo, se as novas regras se aplicam aos contratos já existentes quando a lei entrou em vigor, ou somente aos celebrados depois que começou a valer. “Iremos tratar da nossa organização para a audiência no tribunal, dia 6 de fevereiro. Nesta data, serão debatidos os dispositivos da nova lei. Os advogados das Confederações filiadas ao FST já se inscreveram, para se pronunciarem contra esses dispositivos. Eles entendem que eles são contrários à Constituição e, portanto, não devem ser aplicados”, explica.
Fonte: Agência Sindical