Sindicatos de trabalhadores de frigoríficos no Rio Grande do Sul e Marfrig chegaram a um acordo de reajuste salarial geral de 7,5%, após vários dias de negociações, informaram representantes dos trabalhadores. A proposta foi aprovada em assembleias nas unidades de frigoríficos em Bagé, Alegrete, Pelotas, São Gabriel, Capão do Leão e Hulha Negra, informou na segunda-feira (13) o representante dos trabalhadores nas negociações, Darci Rocha, coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins – Sul (CNTA-Sul). O reajuste, retroativo a fevereiro, nova data base da categoria, atinge cerca de 3,5 mil a 4 mil funcionários, segundo estimativas de representantes dos trabalhadores. O aumento real é de 3,37%, mais a reposição da inflação entre junho de 2014 e janeiro de 2015, de 4,13%. “Consideramos o acordo satisfatório diante da conjuntura estadual e nacional”, disse Rocha à CarneTec na segunda-feira (13). Em Bagé, o salário normativo teve reajuste de 10,94%, com aumento real de 6,81%, para R$ 1.054,00. Salários de faqueiros, magarefes, desossadores e resfriadores subiram na mesma proporção, a R$ 1.109,44. O auxílio alimentação passou de R$ 150 para R$ 161,25, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bagé e Região (STIA/Bagé). Foram realizadas seis reuniões entre sindicatos e representantes da Marfrig antes de as partes chegarem a um acordo, sendo que trabalhadores paralisaram atividades em Bagé no dia 8 de abril. O dia da paralisação foi abonado. “Acredito que será muito difícil, aqui no estado, alguma outra categoria conseguir chegar ao que a gente conseguiu”, disse o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, à CarneTec. Ele acrescentou que além do reajuste salarial, a manutenção das demais claúsulas do acordo coletivo também é uma conquista. As diferenças salariais de fevereiro a março deverão vir na folha de pagamento de abril, segundo Cabral. Fonte: CarneTec