Conforme é do conhecimento de todos, nestes últimos seis anos, entre os governos de Michel Temer e Bolsonaro, muitos direitos da classe trabalhadora foram retirados. A estrutura sindical também ficou enfraquecida, devido a vários ataques. A composição do Congresso Nacional atual – e durante seus quatro anos de mandato – trabalhou, aliado ao executivo, em troca de verba sem transparência, com o chamado “Orçamento Secreto”, tudo para atender a ganância do capitalismo selvagem. Agora que estão vendo a grande possibilidade de perderem seu poder, passaram a praticar uma das maiores covardias do poder econômico: a coação eleitoral, uma chantagem sobre os trabalhadores com a intenção de direcionar os votos deles para o candidato que apoiam.

Empresários estão ameaçando demitir trabalhadores ou estão oferecendo benefícios (inclusive financeiros) para manter o atual presidente no poder, coagindo seus funcionários a votar nele. Este governo já demostrou que o seu objetivo é acabar com as representações dos trabalhadores e retirar o que restou dos direitos – os que ainda estão de pé foram mantidos com muita luta do movimento sindical até o momento.

A nova composição da Câmara Federal e do Senado, eleita no último dia 2, é tão ruim para a classe trabalhadora quanto a atual – se não, pior. Para nós, representantes dos trabalhadores, só existe um caminho: mobilizarmos nossas bases e a sociedade para tirar este presidente da república do poder através do voto no próximo dia 30, garantindo nosso direito de continuarmos nossas lutas pela valorização do trabalho e da vida.

Abaixo, temos um gráfico do MPT do número de denúncias de empresas que podem ter praticado covardemente o assédio eleitoral direcionando seus trabalhadores para o voto no atual presidente. É preciso denunciar e lembrar sempre que o voto é livre, soberano e secreto. Denuncie e vote com consciência, para retirarmos do poder esse presidente que age de maneira espúria contra todos nós, trabalhadores.