O presidente Lula se tornou conhecedor do chão de fábrica quando trabalhou na condição de empregado em indústrias metalúrgicas e mais adiante se elegeu dirigente sindical, onde passou a conhecer os meandros das empresas nacionais e multinacionais – portanto, tem conhecimento, na prática, de uma das categorias mais importantes no cenário industrial brasileiro e, especialmente, como funciona a geração de empregos.
Hoje no exercício do seu terceiro mandato como presidente da República, tendo exercido cargo de Deputado Federal, Lula se tornou, na minha avaliação, um dos presidentes com maior conhecimento da realidade brasileira e das necessidades de implantação de programas que possam desenvolver o país e gerar empregos.
O programa de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para alavancar as indústrias na retomada da industrialização no Brasil é de fundamental importância.
Porém, penso que o financiamento sozinho não surtirá o resultado necessário e esperado, sendo preciso envolver neste programa as representações sindicais profissionais e econômicas, poderes legislativos e executivos municipais, estaduais e federais. Acredito que este é o momento de o governo trazer para dentro do programa o SESI e SENAI, para cumprirem uma tarefa fundamental na qualificação, requalificação e educação cidadã.
O resultado de um programa desta natureza precisa ultrapassar os muros das indústrias, alcançando além do crescimento industrial; proporcionar empregos com qualidade; geração de renda real; metas de inclusão; combate à fome, pobreza e desigualdade; observar as emissões de gases do efeito estufa e inserir no programa desde seu princípio a responsabilidade social, com a valorização do capital humano e a erradicação do trabalho análogo à escravidão.
Artur Bueno de Camargo – Presidente