Nos últimos seis anos as representações da classe trabalhadora vêm sofrendo os maiores ataques jamais ocorridos antes, refletindo em retiradas de direitos das categorias profissionais, e fortalecendo a categoria patronal e econômica e suas representações.
Esta política perversa é promovida pelos poderes executivo e legislativo e ratificada pelo judiciário, especialmente pelo TST e STF que continuam implacáveis nas decisões de enfraquecimento das representações dos trabalhadores e na retirada de seus direitos.
Se hoje estamos assistindo a ameaças pelo poder executivo, mais precisamente pelo presidente da república, apoiado e financiado pelos detentores mais perversos do capital, que pregam a desobediência das decisões dos representantes do STF com ofensas pessoais, é resultado dos desequilíbrios promovidos por estas instituições.
Estes capitalistas selvagens sempre existiram, como uma doença maligna. A representação da classe trabalhadora estruturada sempre serviu como um medicamento para impedir que esta doença avançasse. Conhecemos muito bem estes gananciosos dentro da classe empresária. Para eles não basta só o lucro exorbitante, precisam do poder para dominar e escravizar os trabalhadores.
Um exemplo é lembrar que no governo do presidente Lula esse pessoal lucrou muito, mas isso não bastou. Encontraram em Michel Temer e em Jair Bolsonaro, numa maioria do Congresso Nacional, e até no STF, a possibilidade de primeiro enfraquecer as representações dos trabalhadores e a sociedade civil organizada para dominar o poder e escravizar a classe trabalhadora e a maioria da sociedade.
Hoje os representantes das instituições, seja no executivo, no legislativo ou judiciário, que contribuíram para o desequilíbrio das forças representativas, não estão encontrando formas de conter as fúrias do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados que vem destruindo o país, massacrando a classe pobre em benefício de seus aliados, denegrindo as representações das instituições, além dos maus exemplos; uma desobediência às leis, sem precedentes.
Estamos próximos da mais importante eleição dos últimos tempos com a possibilidade de mudanças para obtermos um equilíbrio nas representações instituídas. Portanto, pesquisem e votem de maneira consciente em 2 de outubro.
Artur Bueno de Camargo – Presidente da CNTA