Brasília, 21 de junho 2021
Em primeiro lugar, é preciso parabenizar todas as pessoas que trabalharam na organização e, de forma geral, os participantes dos mais variados segmentos da sociedade, pelas manifestações exemplares neste final de semana, com homenagens prestadas às mais de 500 mil pessoas vítimas do Covid-19. É certo que as pessoas com o mínimo de sensibilidade se comoveram.
Os pontos mais fortes da pauta, sem menosprezar outras reivindicações, foram “Fora Bolsonaro”, “Vacina para todos”, “Auxílio Emergencial de R$ 600,00” e punição para aqueles que se omitiram na compra de vacinas, contrariando a ciência e contribuindo para a proliferação do vírus no país.
Cientistas apontam que mais de 50% das mortes pelo Covid-19 poderiam ter sido evitadas se o governo federal tivesse tomado as medidas necessárias – seja na aquisição de vacinas, na prevenção com o uso de máscara, o distanciamento social e medidas básicas de higiene.
Eu acredito na ciência. Quem não acredita não deveria ir ao médico, já que a medicina é uma ciência. Ignorar a ciência, a depender do cargo que se ocupa, significa colocar vidas em risco. O fato do presidente da república ignorar a ciência e as medidas sanitárias, apostando na contaminação de rebanho para a contenção da pandemia no Brasil, em minha opinião, é uma atitude criminosa.
Finalizo esta reflexão com certeza de que muito mais gente gostaria de ter saído às ruas nas manifestações deste final de semana; são pessoas que ficaram em casa, preocupadas com aglomerações e possíveis contaminações. Muitas delas se manifestaram de outras maneira pelas redes sociais ou aplicativos – elas também merecem nosso reconhecimento.
Neste momento difícil, ficam nossos mais profundos sentimentos pelas mais de 500 mil mortes pelo Covid-19. Somos solidários com os familiares.