Nesta quarta-feira, 3/7, aconteceu uma reunião nacional virtual, coordenada pela UITA – União Internacional de Trabalhadores da Alimentação, e pelas confederações CNTA e CONTAC para organizar a participação da reunião de quinta, 4/7, 10h no horário e Brasília, que vai discutir rumos para o trato das representações sindicais com a Lactalis no âmbito mundial. Representantes sindicais de todo o país, que negociam com a empresa, participaram da reunião preparatória. No âmbito Brasil – e América Latina – a Lactalis tem se mostrado, há muito tempo, irascível com as representações e irredutível com os trabalhadores.

A empresa só cresce em termos financeiros, mas se porta como anti-sindical e até anti-trabalhadores, quando se nega até a corrigir a inflação dos salários.

Vários atos, ações e manifestações já aconteceram no Brasil contra a Lactalis, promovidos pelos sindicatos, com apoio das confederações e da UITA, porém sem grande repercussão no exterior, nos EUA ou na comunidade Europeia, especialmente na França, onde a empresa está situada.

Na reunião de hoje, ficou estabelecido que é preciso um conjunto de esforços pontuais de sindicatos, que estão nas bases, para dar sustentação para cobranças e ações mais duras das confederações, bem como da UITA. A intenção é criar um Comitê Mundial da Lactalis, para dar informação para consumidores, investidores, fornecedores, etc…, sobre as práticas espúrias da empresa.

Também ficou acordado que é preciso criar um documento forte para ser encaminhado para a direção da empresa.

Desde que a empresa chegou ao Brasil, estabeleceu uma política de arrocho salarial e de imposição de suas posições nas negociações, com regras e determinações da direção mundial, e criu um regime de contrainformação dentro da empresa para vedar os trabalhadores diante dos sindicatos. A filosofia da empresa é de blindar o trabalhador e vedar a representação sindical.

Esses devem ser os pontos a serem trabalhados na reunião de quinta.