Cerca de 200 manifestantes, entre sindicalistas, trabalhadores e aposentados reuniram-se, nesta segunda (19), na frente da agência do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) em Limeira, para protestar contra a Reforma da Previdência (PEC 287).
“A proposta do governo Temer não irá mexer nas altíssimas aposentadorias do Judiciário, Legislativo e nem dos militares. Ela irá penalizar apenas o trabalhador que recebe um benefício médio de R$ 1,2 mil”, comentou o presidente da USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira), Artur Bueno Júnior. “Queremos uma reforma que acabe com estas regalias, e que cobre as grandes empresas e bancos. Elas devem, juntas, R$ 426 bilhões ao INSS”, continuou.
O grupo também fez críticas à revisão das aposentadorias e afastamentos, realizada pelo governo Temer. “A revisão é prevista em lei a cada dois anos. Da forma como está sendo feita, no entanto, parece um esforço em massa para dar altas ao trabalhador afastado ou aposentado”, enfatizou o sindicalista.
O protesto, realizado às 7h, ainda envolveu os trabalhadores que estavam na fila para atendimento do INSS, e que criticaram o órgão. “Tem pouca gente para atender, e as perícias demoram demais para agendar. Parece que o trabalhador está pedindo esmola”, criticou o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Limeira, Benedito Honório Barbosa.
Participaram do ato, representantes dos sindicatos ligados à USTL (Alimentação, Rodoviários, Comerciários, Vestuário, Vigilantes, Joias e Bares), além do sindicato dos bancários, servidores municipais, metalúrgicos, professores e motoristas do transporte coletivo. A CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação), e as federações estaduais dos comerciários e vestuário também marcaram presença. O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e o Cedeca (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), bem como a Atapil (Associação dos Aposentados e Pensionistas de Limeira) foram outras entidades presentes.