Foto Lula Marques/ Agência Brasil

Artur Bueno de Camargo – Presidente

Considero correta e necessária, a iniciativa do Presidente Lula em convocar manifesto para relembrar a tentativa de Golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. O ato, denominado “Democracia Inabalada”, reuniu autoridades políticas e representantes da sociedade brasileira em Brasília-DF, nesta quarta (8).

Em 2024, representei a NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) durante manifesto semelhante, no salão nobre do Congresso Nacional. As sedes dos Poderes mantinham sinais da destruição, por conta dos atos criminosos cometidos meses antes – destruição que atingiu desde torneiras, vasos sanitários, até as obras de arte.

Este ano não pude estar presente, mas tudo foi restaurado. Pelos meios de comunicação, confesso que fiquei muito feliz ao constatar que as obras de arte e a decoração nas sedes dos Três Poderes foram recuperadas. Feliz por ouvir as afirmações em defesa da democracia e pela punição dos criminosos. É preciso valorizar atos desta natureza.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Presidente Lula foi firme no seu discurso em defesa da democracia, lembrando que os autores e apoiadores do vandalismo devem ser julgados e punidos de forma exemplar, para que nunca mais alguém ouse contra a democracia desta maneira. Ele utilizou o momento para dizer “Ainda Estamos Aqui”, jargão que certamente todos se lembram pelo filme homônimo de Walter Salles, acerca da morte do ex-deputado Rubens Paiva pela Ditadura Militar de 64.

Foto Lula Marques/ Agência Brasil

O filme mostra a barbárie praticada pela repressão do regime, e fez Fernanda Torres ser premiada como melhor atriz pelo Globo de Ouro. Ela interpreta o papel de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, juntamente com sua mãe Fernanda Montenegro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não estiveram presentes ao ato convocado por Lula. Estranhamente, parecem não ter se sentido à vontade para participar de um manifesto em defesa da democracia, e que cobrou julgamento ao rigor da Lei para as pessoas que cometeram crime lesa pátria. É lamentável não ver nosso Congresso Nacional representado pelos presidentes, em um ato tão importante para o fortalecimento democrático.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil