Sindicatos, federações e confederações que representam os trabalhadores da empresa Camil Alimentos, além da Regional Latinoamericana dos Trabalhadores da Alimentação (UITA), vão realizar um seminário nos dias 5 e 6 de outubro, para debater o desrespeito praticado pela empresa contra os direitos trabalhistas.
O encontro ocorre no Rio Grande do Sul, e entre os problemas apontados na Camil estão a intransigência nas negociações, as práticas antissindicais, além do desprezo à saúde e segurança dos Trabalhadores – com destaque para as normas sanitárias da Covid-19.
Enquanto cresce – a gigante alimentícia possui hoje 33 unidades de processamento e 20 centros de distribuição em toda a América do Sul – a empresa estabelece uma prática antissindical em toda a sua estrutura, com trabalhadores sendo alvo de campanhas maciças contra os sindicatos.
Durante a pandemia da Covid-19, a Camil teve de firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul, por descumprir as normas sanitárias em suas unidades.
São mais de 7 mil empregados, distribuídos pelo Brasil, Uruguai, Chile, Peru e Equador. A criação do seminário partiu da necessidade de abordar, de forma técnica, os problemas impostos pela empresa, além de dar conhecimento destas questões aos órgãos fiscalizadores do Trabalho, e especialmente traçar uma estratégia nacional e internacional de ação sindical.
Os debates serão organizados pela CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins), a Contac CUT (Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT), a UITA e a Ftia-RS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul). O evento ocorre na sede da Federação.