Por Artur Bueno de Camargo Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) Sempre dissemos que o Dia Mundial do Trabalho é comemorado na data de 1° de maio em homenagem à greve geral, ocorrida nesse dia, em 1886, na cidade de Chicago, nos EUA. Foi nesse dia que os trabalhadores reivindicaram a redução da jornada de trabalho de 14 a 16 horas para oito horas diárias. Continuamos relembrando a história que transformou a memória de August Spies, Albert Parsons, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel em mártires mundiais pelas suas lutas e lideranças do movimento. Dos oito líderes presos e julgados à época, um suicidou-se na prisão, quatro foram enforcados e três libertados após sete anos de detenção. No Brasil, a data é comemorada desde 1895, mas tornou-se feriado nacional somente em 1925, por um decreto do ex-presidente Artur Bernardes. Dizer que devemos aproveitar o 1° de maio para avaliarmos e refletirmos sobre tudo o que acontece ao nosso redor e distante de nós, principalmente, quando envolve seres humanos, independente de origem, classe, raça, cor e religião, se faz necessária a reflexão e avaliação para definirmos a nossa luta hoje, visando garantir um futuro melhor para todos amanhã. Mas neste 1° de maio não basta só lembrarmos o passado, refletir e planejar a luta para o futuro. Infelizmente o presente traz motivos mais que suficientes para nos causar indignação e protestar. Não podemos ficar indiferentes quando constatamos que a pessoa que está exercendo o maior cargo do nosso País, que é a presidência da República, mentiu e omitiu durante sua campanha eleitoral para galgar o poder a qualquer custo. Precisamos demonstrar nossa indignação com a corrupção onde quer seja. É inadmissível a maior empresa estatal, que pertence à sociedade brasileira, passar por corrupção e má gestão, e apresentar um rombo superior a R$ 20 bilhões de reais, enquanto a Saúde, a Educação e a Segurança Pública estão péssimas. Devemos protestar contra aquelas pessoas que foram eleitas, seja para cargos públicos no Executivo ou Legislativo, com campanha mentirosa e financiadas pelas empresas, e que agora estão sendo submissos aprovando medidas contra o trabalhador, com o falso discurso de que reduzir direitos dos trabalhadores ajudará o País a desenvolver. Ora, quem está afundando o País não são os trabalhadores, são os falsos e corruptos políticos. Mas como tirá-los de lá? Somente com conscientização, união e luta constante!