Artur Bueno Junior

VICE PRESIDENTE DA CNTA

As comemorações do 7 de setembro podem ser uma ótima oportunidade, para discutirmos o verdadeiro valor do nacionalismo, e do respeito à Pátria.

Vivemos tempos onde um governo se aproveita do discurso nacionalista, para fins políticos. A presença ostensiva de militares na administração, o tom carregado em cada peça de marketing, o uso do patriotismo como arma de ataque aos opositores, são as marcas deste governo.

Marcas que, a exemplo do período da Ditadura Militar, parecem querer mascarar uma política absolutamente entreguista, e subserviente do nosso país às potências internacionais. Uma política que está promovendo o empobrecimento da população, dos trabalhadores e a depreciação da economia nacional. A destruição da soberania nacional.

Do ponto de vista econômico, se já não resta qualquer pudor sobre a privatização generalizada e internacional das empresas estatais, a retomada da produção tem como única alternativa apontada, a diluição dos direitos trabalhistas. Aliada à Reforma da Previdência, exigência do Capital internacional para a alegada solvência do país, estas duas medidas só vão provocar a corrosão da nossa economia, do nosso poder de compra, e da nossa poupança. A pobreza da população.

Do ponto de vista da diplomacia, nossa posição em face dos EUA é vexatória – Bolsonaro chegou a bater continência para a bandeira norte-americana. Nosso presidente se fia na amizade pessoal com a família Trump para emplacar o filho embaixador. Seu rompante nacionalista contra o presidente francês, acabou num choramingo à diplomacia norte-americana, para a defesa da soberania amazônica.

O governo brasileiro hoje, está longe de exercer o verdadeiro nacionalismo. Não há nacionalismo com opressão do seu povo e do seu trabalhador, é na verdade entreguismo. Desta forma somos escravos, não temos liberdade. Pior que isto, somos convocados a exaltar esta escravidão, por um presidente que pelas atitudes no cargo, não nos representa.

Que este 7 de setembro seja uma data de muita reflexão. Amar a pátria é defender e respeitar o seu povo. Ninguém é dono da bandeira, muito menos os governantes atuais. A bandeira é das crianças brasileiras, e dos trabalhadores que fazem a força desta nação. Pensemos nisso, em respeito verdadeiro aos nossos símbolos.

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