Em assembleia realizada nesta sexta-feira (16) com os trabalhadores da Usina da Barra, em Barra Bonita-SP (empresa do grupo Raízen), os empregados manifestaram repúdio pela proposta de reajuste salarial das Usinas de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo. As empresas estão oferecendo 4% de aumento, a ser aplicado nos salários somente a partir de novembro/21 – o setor tem data-base em maio.

“A inflação do período, que nem foi aferida, será certamente bem maior que este percentual. Ou seja, os trabalhadores terão perdas salariais”, apontou o diretor da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo) e coordenador das negociações, Antonio Gonçalves Filho.

Artur Bueno Júnior, vice-presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação) e presidente do Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região), participou da assembleia em apoio ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Açúcar de Barra Bonita, representado pelo presidente Odair José Vioto.

O vice-presidente da CNTA apontou a injusta postura do setor canavieiro, exportador e detentor de uma lucratividade incessante, especialmente na pandemia, já que as usinas seguem em plena atividade. “O trabalhador que se arrisca, e também coloca em risco a saúde de sua família para garantir este lucro, recebe como prêmio a corrosão do salário”, protestou.

Segundo o dirigente, a representação dos trabalhadores aguarda melhor proposta do setor patronal. A assembleia desta sexta foi realizada seguindo todas as medidas de proteção à Covid.

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