***ATENÇÃO: o horário da manifestação em frente a Bolsa de Valores de SP foi alterado para as 11h. A concentração diante do frigorífico foi cancelada.

Para alertar a sociedade, e neste caso o mercado financeiro, a respeito do drama dos trabalhadores de frigoríficos brasileiros em meio à pandemia da Covid, as entidades representativas dos trabalhadores realizarão um ato no dia 24 de setembro, em frente à Bolsa de Valores de São Paulo.

A concentração ocorre às 14h (a B3 fica na praça Antônio Prada, número 48, Centro, próximo do metrô São Bento).

A manifestação é coordenada pela CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins), pela Contac CUT (Confederação Brasileira dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT) e pela UITA (União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação).

“Os investidores precisam estar cientes deste processo que visa o lucro, mas produz a doença e a morte. Se no exterior a mensagem já está bem clara, não parece ser o que ocorre no Brasil”, apontou o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo. As entidades estimam que 25% dos trabalhadores do setor já tenham sido contaminados.

O esforço faz parte da campanha “A carne mais barata do frigorífico é a do trabalhador”, e ocorre após uma reunião sem resultados com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em 9 de setembro. Na ocasião, os frigoríficos recusaram todas as demandas dos trabalhadores: o afastamento de 50% do efetivo de empregados, a testagem em massa no caso de contaminação nas fábricas, e a troca diária das máscaras de proteção.

No dia 24, uma concentração dos representantes sindicais também vai ocorrer em uma unidade de frigorífico da JBS (ainda não definida). “É a empresa que menos cumpre as normas de segurança, e obriga o uso da mesma máscara por até 5 dias”, finalizou o presidente da CNTA.

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