Mais de 200 lideranças sindicais participam do ato promovido pela CNTA e Fetiaesc

 Miguel Padilha (em pé)

Chapecó/SC (17.7.2013) – Santa Catarina concentra o terceiro maior polo nacional de trabalhadores na indústria frigorifica. Com 57.444 trabalhadores, só perde para os Estados do Paraná (mais de 66 mil) e São Paulo (mais de 65 mil). É para esse grupo de profissionais que a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins), realiza em Chapecó o lançamento estadual da Cartilha dos Trabalhadores do Setor Frigorifico.

O ato será nesta sexta-feira (19) a partir das 10 horas com a presença do presidente da confederação Artur Bueno de Camargo e da Fetiaesc (federação catarinense dos trabalhadores da categoria) Miguel Padilha. A cartilha contém as novas exigências para as indústrias de carnes que constam na NR 36, nova regulamentação dos frigoríficos. A lei está em vigor desde o mês de abril com prazos para adaptações de até dois anos.

A Norma Regulamentadora estabelece, entre outros pontos, rodízios de trabalho, adaptações estruturais que possibilitem a alternância de trabalhos em pé e sentado e concessão de pausas térmicas e ergonômicas, além da adoção de Equipamentos de Proteção Individual. “É uma ferramenta de consulta e combate à precarização do trabalho”, argumenta Camargo.

Com o documento será possível obter profunda avaliação da eficácia e aplicabilidade da NR. A fiscalização também estará reforçada “por que o trabalhador terá em mãos um documento para sua defesa”, destaca Padilha. Amparado pela legislação os profissionais poderão denunciar os patrões que desrespeitarem as normas, para que os infratores sejam devidamente punidos. A CNTA confirmou participação em comissão tripartite para fiscalização do cumprimento da NR 36, grande conquista dos trabalhadores.

Todos ganham – A cartilha com 208 páginas será distribuída aos trabalhadores, associados dos sindicatos do setor. O dirigente sindical analisa a NR como “um grande avanço” por normatizar a atividade. Constitui-se em instrumento de prevenção, proteção e redução dos acidentes e doenças ocupacionais “que mutilam a classe trabalhadora”. O trabalho degradante que a NR pretende acabar é ocasionado por extensas jornadas de trabalho, movimentos repetitivos, exposição à umidade e variação brusca de temperatura.

As mudanças no setor frigorífico não são benefícios exclusivos dos trabalhadores e empresas. Toda sociedade ganha já que reduzirão os custos do governo com os afastamentos no INSS. Dados do Ministério da Previdência Social mostram que em 2011 foram registrados 19.453 acidentes de trabalho em frigoríficos com 32 óbitos. O número representa 2,73% de todos os demais acidentes. Após a assinatura da NR 36, dos 15.141 acidentes de trabalho 817 tiveram origem em doença ocupacional.

Foto: Miguel Padilha (em pé) ao lado de Artur Bueno de Camargo (paletó claro)
dimensiona os benefícios da NR e da Cartilha

Assessoria de Imprensa da FETIAESC

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