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Brasília, 08 de junho 2021

BRF ANUNCIA INVESTIMENTO MILIONÁRIO, MAS NÃO VALORIZA TRABALHADOR

O jornal Correio Braziliense, em edição do último dia 4, trouxe informação de que os aportes do grupo BRF na economia de Goiás, correspondem a quase 80% dos novos investimentos no Estado. Agora, a empresa vai alocar R$ 233 milhões, para modernizar e ampliar os frigoríficos de Rio Verde, Jataí, Buriti Alegre e Mineiros.

Esperamos que este investimento possa gerar mais empregos com qualidade, proporcionando a todos os trabalhadores segurança e saúde. Que isto ocorra especialmente neste momento de pandemia, onde numa demonstração de heroísmo, os trabalhadores não deixaram de produzir um dia sequer.

É importante ressaltar que, muito embora o grupo BRF demonstre disposição de diálogo com as representações dos trabalhadores, em termos de valorização de sua mão de obra a empresa não difere das demais do segmento. Sua postura, neste sentido, está longe de ser satisfatória.

O exemplo são as negociações coletivas de trabalho que estão ocorrendo, onde há risco de graves perdas salariais. É uma clara demonstração da BRF, de que o investimento no trabalhador não é prioridade. O grupo se recusa a aplicar a simples correção da inflação no salário dos trabalhadores, referente aos últimos doze meses.

Para a representação dos trabalhadores, fica claro que uma empresa que está lucrando, modernizando e ampliando – mas nega a reposição da inflação – é uma empresa que não está valorizando seus trabalhadores. Muito pelo contrário.

A inflação acumulada dos últimos doze meses representa a defasagem do poder aquisitivo dos empregados. Deveríamos estar discutindo é um aumento real de salário, sendo a reposição da inflação um princípio automático.

Artur Bueno de Camargo

Presidente da CNTA

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