A CNTA – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação realizou, nos dias 26 e 27 de janeiro, seu seminário nacional anual para discussão sobre a pauta nacional de trabalho e as metas para a Campanha Salarial de 2022. Dezenas de representantes de trabalhadores de todo o Brasil participaram do evento, que foi virtual.

No primeiro dia, após a abertura e as boas-vindas do presidente Artur Bueno de Camargo, aconteceram duas palestras. A primeira, foi do técnico do DIEESE, José Silvestre Prado de Oliveira, que apresentou impressionantes números sobre a inflação galopante dos últimos anos, falou sobre as dificuldades negociais dos sindicatos para conseguirem os reajustes e manter direitos e garantias nas negociações coletivas e das expectativas para este ano. A segunda palestra foi com o especialista em estudos políticos e sociais, Cacau Pereira, que destacou, entre outros pontos, a importância da unidade para resistir aos ataques do poder econômico e estabelecer estratégias para avanços e conquistas da categoria. Os participantes do seminário puderam fazer perguntas aos palestrantes.

No segundo dia, houve a participação do Secretário Regional da Rel-UITA para a América Latina, Gerardo Iglesias, que explanou sobre o cenário para os trabalhadores da alimentação no âmbito internacional. Em seguida, foi discutida e aprovada uma pauta mínima nacional, que aponta diretrizes para as negociações deste ano envolvendo o piso nacional da categoria, aumento real, participações em lucros e resultados, garantias de saúde e segurança, inclusão de minorias, condições para teletrabalho, entre outras.

Esta pauta será discutida juntamente com CONTAC-CUT – Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT em busca de uma unidade de luta.

“Ressaltamos que esta pauta é mínima, e que as entidades podem apresentar valores e condições superiores para negociação. É importante que não seja fechado acordo ou convenção coletiva de trabalho inferior à pauta nacional”, destacou Artur Bueno de Camargo. “Mesmo com todas as dificuldades, vamos lutar pela manutenção e ampliação das condições dos trabalhadores da alimentação, intensificando ainda mais nossas ações contra as investidas deste governo para modificar as normas regulamentadoras que protegem nossos representados”, finalizou.

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