Por Andre Montanher
Representantes sindicais da categoria da Alimentação, de todo o país, debateram a necessidade de um posicionamento unificado, acerca da negociação com grandes grupos do setor. A conversa foi durante reunião na sede da FETIASP (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Paulo), nesta quarta-feira (9). O encontro, realizado pela CNTA, focou a negociação PPLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) do grupo BRF.
“Sem o debate com os representantes dos trabalhadores na busca de união, estas empresas saem fortalecidas, pois têm um poder de negociação grande, e praticamente monopolizam os segmentos em que estão inseridas. No caso da BRF, de abrangência internacional, é imperativo que tenhamos esta postura”, apontou o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo.
 |  |
Os sindicalistas refletiram sobre os acordos de 2017 e de 2018, além de discutirem procedimentos para as negociações de 2019 e de 2020, referentes à PPLR da BRF. No bojo do debate, estiveram as conjunturas econômicas nacional e internacional, o desempenho da empresa no mercado, e a luta pela ampliação dos direitos dos milhares de empregados.
REFORMA SINDICAL
Ainda durante o encontro, o grupo consolidou posição unificada, acerca da proposta de Reforma Sindical gestada pelo meio político. O ponto de partida foi a minuta do anteprojeto para o tema, elaborada pelo FST (Fórum Sindical dos Trabalhadores), com diretrizes como a defesa da unicidade sindical.
O FST é formado por 22 confederações de trabalhadores, dos setores público e privado. “Mais um debate que devemos fazer juntos. A proposta do FST tem como sustentação a defesa do sistema confederativo, a unicidade sindical, a representação da categoria, além da soberania e autonomia das assembleias gerais”, afirmou Artur Bueno de Camargo.
 | |
Ele lembra que o governo já nomeou o grupo que apresentará e debaterá sua proposta, sinalizando a implantação de modelo de pluralidade sindical – daí a urgência da consolidação do anteprojeto do FST. Após os debates, as entidades presentes aprovaram o texto do anteprojeto, apresentando algumas sugestões. Entre elas, o incentivo à inclusão de mulheres e de minorias, nas diretorias dos sindicatos.
A íntegra do anteprojeto do FST você confere AQUI.
