A CNTA – Confederação Nacional do Trabalhadores da Alimentação reuniu hoje (04) representantes estaduais e regionais da categoria da alimentação para alinhar a pauta das negociações com as empresas neste momento de pandemia. Há dez dias, a CNTA, em conjunto com a Contac-CUT – Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT e a UITA – União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação fizeram o lançamento da campanha “A Carne mais Barata do Frigorífico é a do Trabalhador” – campanha que viralizou nas redes sociais e ganhou espaços em jornais e emissoras de rádio e de TV denunciando as péssimas condições dos trabalhadores em frigoríficos.

A reunião também serviu para as implementações das próximas fases da campanha, que vai contar com peças de divulgação também em países da América Latina.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) abriu um canal de negociação com as entidades representativas dos trabalhadores para debater as condições nos frigoríficos depois que as entidades deflagraram a campanha, que pretende estabelecer medidas seguras de distanciamento físico entre os trabalhadores nas indústrias, a testagem em massa dos empregados, o fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), o reconhecimento do risco que os trabalhadores correm com as atuais condições e também a valorização desses trabalhadores, que desenvolvem atividade essencial.

“Estivemos com representantes de federações e sindicatos e fechamos a pauta para a reunião com a ABPA para o próximo dia 9”, conta Artur Bueno de Camargo. “A abertura para a negociação é o fruto da pressão social exercida pelos trabalhadores e seus representantes. Os frigoríficos perceberam que só têm a perder com a intransigência”, analisa.

As entidades esperam avançar nas negociações, garantindo maior segurança ao trabalhador.

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