Por Andre Montanher

Sindicatos, federações e confederações que representam os trabalhadores do setor de Frigoríficos reforçaram, durante o Seminário Nacional realizado em São Paulo nos dias 13 e 14 de novembro, a importância da pauta unificada nacional para a luta em prol da categoria. No Seminário, foi definido a bandeira de um piso salarial nacional, o planejamento da luta unificada em defesa da NR 36, e o trabalho contra as negociações individuais entre patrão e empregado, sem a participação do sindicato.

“São grandes grupos empresariais, de status nacional, que dominam o setor. Além disso, é no governo federal que reside a maior parte das preocupações dos trabalhadores”, apontou o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, sobre a importância da unificação da pauta.

Os representantes sindicais estabeleceram R$ 1.500,00 como o valor de um piso salarial mínimo no país, para o setor. Também se comprometeram a realizar encontros estaduais, para fortalecer as Convenções Coletivas e vedar negociações individuais, permitidas pela Reforma Trabalhista e MP 905. Itens como adoção de banco de horas, a homologação trabalhista e a jornada 12X36 devem passar pelo sindicato, conforme decisão do grupo durante o Seminário.

As entidades estabeleceram para o mês de março de 2020, a organização do lançamento da Convenção Nacional, e estabelecer diretrizes para a defesa intransigente da NR 36. A norma Regulamentadora rege o trabalho dos empregados de frigoríficos, e “está na mira do governo federal”, afirmou Artur Bueno.

EVENTO

O Seminário Nacional dos Trabalhadores no Setor de Frigoríficos foi realizado na sede da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Paulo), com organização da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins) e da Concat CUT (Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT). O evento contou com a participação de 22 entidades sindicais ligadas ao setor.

As críticas, tanto à Reforma Trabalhista como à MP 905, deram a tônica ao evento, celebrado por ter sido o primeiro das duas confederações (CNTA e Concat CUT) juntas. “Até março, quando lançaremos nossa Convenção, vamos aproveitar as sementes deste momento, para frutificar um trabalho regular unificado. Só assim faremos face ao Grande Capital e ao governo”, finalizou o presidente da CNTA.

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